31/05/2012

Palestra de Eduardo Arriada no IJSLN

Hoje, quinta-feira (31), o Instituto João Simões Lopes Neto (IJSLN) tem a satisfação de receber o professor e historiador Eduardo Arriada. Ele fará a palestra intitulada "Duelo de Farrapos: entre a ficção e a história” às 19h no auditório Carlos Reverbel, no próprio IJSLN. O evento faz parte do ciclo de palestras em comemoração ao centenário dos contos gauchescos. 

A palestra "Duelo de Farrapos: entre a ficção e a história” visa uma discussão entre o discurso literário e o discurso histórico, as suas aproximações e afastamentos, suas fronteiras e identidades. Além de propor uma análise de como certos fatos são abordados pela literatura e pela história e interpenetrar nos processos sociais e simbólicos dessas construções. Partindo de pressupostos discutidos há muito tempo por Michel de Certeau, Paul Ricoeur, Walter Benjamin. 

Eduardo Arriada é professor da Faculdade de Educação (Fae/UFPel), mestre em história e doutor em educação, ambos pela PUC/POA, além de membro do CEIHE (Centro de Estudos e Investigação em História da Educação). Eduardo tem desenvolvido estudos e pesquisas sobre história da educação no Rio Grande do Sul e Pelotas; produção e circulação de livros didáticos; história das livrarias e editoras. 

Também publicou diversos livros, onde salientamos: Pelotas: Gênese e desenvolvimento urbano (1780-1835), Pelotas: Armazém Literário, 1994 e A educação secundária na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul: a desoficialização do ensino público.

30/05/2012

A história por trás do conto "Duelo de Farrapos"

Amanhã, 31 de maio, às 19h no Instituto João Simões Lopes Neto, o Prof. Dr. Eduardo Arriada palestrará sobre o conto "Duelo de Farrapos". Mas você sabe do que trata o conto? Pois vamos às explicações.

Como lemos em nossos antigos livros de História, o Rio Grande do Sul passou por dez anos de guerra, entre 1835 e 1845. Durante esses dez anos, nos quais os gaúchos lutaram pela República, muitas batalhas sangraram o solo rio grandense. No meio delas está o, chamado por Simões, Duelo de Farrapos. A batalha em questão, como narra o ordenança Blau no início do conto, começou no fim de 1842 quando "o general fez um papel, que chamavam-lhe — decreto — mandando ordens pr’uma eleição grande, para deputados; estes tais é que iam combinar as leis novas e cuidar de outras cousas que andavam meio à matroca, por causa da guerra". A partir de então as divergências ideológicas entre os separatistas e os anti-separatistas se exteriorizaram, culminando, em 27 de fevereiro de 1844, no duelo entre os farrapos Bento Gonçalves e Onofre Pires, dois dos principais líderes do levante armado.

Clique AQUI e leia esse trecho da história do Rio Grande do Sul perfeitamente interpretado por Blau, através do conhecimento e regionalismo de João Simões Lopes Neto.

29/05/2012

Saiba mais sobre Eduardo Arriada

Nosso próximo palestrante, Eduardo Arriada, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), é Mestre em História pela PUC de Porto Alegre e Doutor em Educação, pela mesma instituição.Também é membro do Centro de Estudos e Investigação em História da Educação (CEIHE). Atualmente desenvolve estudos sobre a história da educação, produção e circulação de livros didáticos e história das livrarias e editoras no Rio Grande do Sul e, mais especificamente, em Pelotas.

Eduardo já publicou diversos livros, dos quais salientamos: Pelotas: Gênese e desenvolvimento urbano (1780-1835). Pelotas: Armazém Literário, 1994. A educação secundária na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul: a desoficialização do ensino público. Jundiaí: Paco Editorial, 2011.

Na próxima quinta-feira (31), Eduardo Arriada será o mentor da palestra intitulada "Duelo de Farrapos": entre a ficção e a história, realizada no Instituto João Simões Lopes Neto. Contamos com sua presença!

28/05/2012

Palestra com historiador Eduardo Arriada, dia 31/05


O Instituto João Simões Lopes Neto recebe nesta quinta-feira (31) o professor e historiador Eduardo Arriada que irá palestrar, a partir da 19h, sobre o conto Duelo de Farrapos. O evento dá sequência ao ciclo de palestras em comemoração ao centenário dos Contos Gauchescos.

Eduardo Arriada é mestre em história pela Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e doutor em educação, também pela PUC/RS. E atualmente professor na Faculdade de Educação junto a Universidade Federal de Pelotas e tem desenvolvido estudos e pesquisas sobre história da educação no Rio Grande do Sul e Pelotas.

Intitulado "Duelo de Farrapos: entre a ficção e a história”, a palestra será enfocada nos cruzamentos entre o discurso literário e o discurso histórico, suas aproximações e afastamentos. Partindo por alguns pressupostos desde muito tempo já discutidos por: Michel de Certeau, Paul Ricoeur, Walter Benjamin.


A entrada é franca.

25/05/2012

100 anos da escrita... 100 anos de leituras

A ideia era audaciosa, mas vem sendo cumprida com sucesso. Neste ano em que se completam 100 anos da primeira publicação do livro Contos Gauchescos, o Instituto João Simões Lopes Neto se propôs a fazer um ciclo de 19 palestras. O objetivo é comemorar esse centenário trazendo momentos de debate e reflexões acerca da obra do escritor pelotense.

Os encontros vêm ocorrendo de forma quinzenal nas quintas-feiras à noite, às 19h, no auditório do Instituto (Auditório Carlos Reverbel). Para cada encontro um dos 19 Contos Gauchescos é trazido por um palestrante convidado. O IJSLN conta com a parceria da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IF-Sul) na realização do evento.


Palestras que já aconteceram 

Para estrear o ciclo, no dia 15 de março, a professora adjunta da UFPel e também ex-presidenta do Instituto, Paula Mascarenhas, esteve apresentando a palestra “O boi velho: Ecos do Universo Maupassant”. No encontro Paula abordou o conto O Boi Velho numa perspectiva comparatista, levantando a hipótese de que Simões Lopes conhecia e fora influenciado pela a obra do escritor francês Guy de Maupassant. 

No dia 29 de março foi a vez do conto Os cabelos da China, o palestrante foi o professor aposentado e simoneano de longa data, Carlos Francisco Sica Diniz. Com diversos artigos publicados sobre JSLN, Sica Diniz recebeu em 2004 o Prêmio Açorianos de Literatura, justamente pelo livro João Simões Lopes Neto: uma biografia

O terceiro encontro ocorreu no dia 12 de abril, e trouxe como convidado Flávio Loureiro Chaves com a palestra intitulada "Simões Lopes - quando a Literatura escreve a História", baseada no conto O anjo da vitória. Loureiro Chaves, que é Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo, possui um vasto currículo, com vários livros já publicados, entre eles, o Simões Lopes Neto e Ponta de Estoque. Na palestra, Loureiro Chaves defendeu que a obra de Simões Lopes Neto embora apresente uma linguagem característica e trate da vida campeira, traz dilemas universais, o que a torna esta obra ainda hoje totalmente atual. 

O artista plástico, estudioso e grande entusiasta da obra de Simões Lopes, Mário Mattos esteve apresentando a palestra "Aposta e Morte no grande João Simões Lopes" no dia 26 de abril. Neste encontro, M. Mattos fez a leitura do conto Jogo do Osso na íntegra, enquanto eram projetadas pinturas - de sua autoria - ilustrando momentos do conto. Após a leitura do conto, o palestrante percorreu o auditório Carlos Reverbel fazendo questionamentos aos presentes sobre vários pontos do conto, o que gerou uma participação acalorada dos presentes.

No último dia 17, o escritor e historiador Mario Osorio Magalhães esteve abordando o conto Chasque do Imperador. Na palestra, Mario Osorio ressaltou as várias referências que o conto faz, de forma indireta, a cidade de Pelotas. O palestrante recentemente lançou o livro Pelotas Princesa – Livro Comemorativo ao Bicentenário da Cidade, também já publicou o ensaio Simões Lopes Neto e Pelotas: a influência da cidade sobre a obra regionalista do seu maior escritor, além de ter organizado uma coletânea de contos de JSLN. 

Próxima Palestra

Para a próxima quinta-feira (dia 31 de maio) está programada a palestra com o historiador Eduardo Arriada. Intitulada “Duelo de Farrapos: entre a ficção e a história”, a palestra busca por meio do conto Duelo dos Farrapos, olhar como certos fatos são abordados pela literatura e pela história.

24/05/2012

Convite cultural

Em nome da arte e cultura Pelotense, convidamos os leitores do blog, e a comunidade em geral, a apreciar a exposição de arte “Em tempo de Rio Grande” da pintora Inah D’Ávila Costa, cuja curadoria fica a cargo do Prof. Dr. Lauer Alves Nunes dos Santos.

A artista, natural da Princesa do Sul, expõe seu abstracionismo no Malg, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, cuja visitação já está aberta ao público de terça a domingo, no horário de 10h às 19h. As obras estarão expostas até o dia 10 de junho e a entrada é franca.

Maiores informações em: malg@ufpel.edu.br ou (53) 3225-9144.

Prestigiem!

foto: divulgação

23/05/2012

Leitura matinal. Com chimarrão

Que tal ler um pouco no café da manhã? Melhor ainda se for João Simões Lopes Neto! Tchê, te aprochega, pega um pedaço de pão e o mate amargo e lê algum conto de Simões Lopes. São contos encantadores, engraçados e geniais! Tu mereces isso, guri e guria. Aproveita!

Escolha a dedo:


Contos hospedados no seguinte site http://pelotas.ufpel.edu.br/contosgauchescos.html

22/05/2012

Sobre o conto "A Vareta"

Simões escreveu muitos contos. Dentre eles está “A Vareta”, que foi publicado no livro Casos do Romualdo. Este conto é muito engraçado por se tratar de uma lorota contada por Romualdo, um dos tantos personagens do escritor. Leia a seguir um trecho do livro escrito pelo pelotense João Simões Lopes Neto.

A VARETA
Naquele tempo, as espingardas eram de carregar pela boca; o cartucho apareceu muito mais tarde. E por serem mais leves e mais baratas, eu só usava varetas de marmeleiro.
Uma vez, por esquecimento, depois de carregar a arma, deixei-lhe dentro a vareta.
De tarde, atirando a um bando de pombas que havia pousado sobre uma laranjeira, no tiro lá se foi a vareta.
As pombas - nem se pergunta, nem se duvida! - caíram todas, a chumbo.
Mas a vareta, essa ficou espetada no tronco da laranjeira e lá deixei-a ficar.
Pois no ano seguinte estava ela toda florida e cheia de botões... e no outro ano  já deu marmelos, por sinal que bem graúdos.
A vareta tinha pegado, de enxerto.

Fonte: LOPES NETO, J. Simões. Casos do Romualdo. Porto Alegre : Martins Livreiro, 2000.

21/05/2012

O Casarão de J. Simões Lopes Neto

Simões Lopes Neto viveu em Pelotas desde seu nascimento, em 1865, até a data de sua morte em 14 de junho de 1916. Ao longo de seus 51 anos de idade, o escritor habitou cinco casas na Princesa do Sul, estando entre elas uma propriedade localizada na então Rua 7 de abril, atual Dom Pedro II, onde, hoje, encontra-se a sede do Instituto que leva o nome do autor pelotense.



UM POUCO DE HISTÓRIA

A referida casa, onde Simões residiu por dez anos, tem uma história desconhecida para a maior parte dos pelotenses que passam pelo nº 810 na Rua Dom Pedro II diariamente. Simões Lopes adquiriu o imóvel, construído em 1871, de Carlos Ferreira Ramos no ano de 1897. Durante o tempo em que foi dono da casa, participou da Fundação da União Gaúcha e publicou seu 1º texto sobre lendas do sul; ‘O negrinho do pastoreio’. Em 1907 a casa foi vendida para Hugo Piratinino de Almeida, logo após, em 1917, a Carlos Alberto da Silva Tavares e, em 1941, à Igreja do Redentor. 50 anos depois a Igreja pensou em vender a propriedade ao construtor Theo Bonow para demoli-la e construir em seu terreno um prédio de apartamentos. Naquela época ainda não era sabido que Simões havia residido na casa durante 10 anos.

Quem salvou a casa da venda e posterior demolição foi o pesquisador Carlos Sicca Diniz, juntamente com Adão Fernando Monquelat e Mário Osório Magalhães. Os três admiradores da obra de Simões confirmaram nos cartórios da cidade que a casa havia sido propriedade do escritor. A partir disso, o promotor Paulo Charqueiro consegue impedir a possível demolição através de uma liminar do Ministério Público, justificando que a casa tem inegável importância histórica, cultural e arquitetônica. A juíza Luciana de Abreu Gastaud mantém a liminar e a casa não é demolida.

FUNDAÇÃO DO INSTITUTO JOÃO SIMÕES LOPES NETO

Em agosto de 1999, em reunião na Associação Comercial de Pelotas, é fundado o Instituto João Simões Lopes Neto por um grupo de simoneanos liderados pelo então deputado Bernardo de Souza. Juntamente com a criação da associação civil pública, sem fins lucrativos, Bernardo apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul que declara ser a casa, que pertenceu a Simões por dez anos, patrimônio cultural do Estado.

No mesmo ano, o governador no Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, aprova o projeto de lei e, a partir daí, começam os tramites para o restauro.

Recentemente, em visita ao Instituto em evento comemorativa aos 100 anos de ‘Contos Gauchescos’, Olívio ressaltou a importância do cidadão universal que é Simões Lopes, dizendo que o escritor orgulha Pelotas e toda a América Latina, por ser precursor da literatura regionalista.

RESTAURAÇÃO

A restauração da casa de Simões foi um projeto que percorreu três etapas até sua total conclusão. Não bastava para o Instituto ter apenas uma sede... esta deveria ser ativa a fim de manter viva a memória do escritor. Para isso, ainda em 1999, o IJSLN apresentou projeto a Lei de Incentivo a Cultura, visando buscar recursos para a compra e restauração da casa. Após a aprovação pelo Conselho Estadual de Cultura, o Instituto ganha uma nova sede em janeiro de 2000. Estava concluída a primeira etapa do projeto de restauração.


Para a segunda etapa estava prevista a restauração da casa que foi feita pela construtora de Theo Bonow, parceira da causa desde 1991 quando descobriu-se a importancia histórica do prédio, com o patrocínio da empresa Josapar e da CEEE. Em 2004 conclui-se a segunda etapa e a casa de Simões é apresentada à comunidade pelotense.


A última etapa compreendia o acabamento do auditório e a instalação do Instituto na casa. Em 2005 foi concluída e em dezembro do mesmo ano a casa foi inaugurada.


Para Paula Mascarenhas, primeira presidente do IJSLN, a importância da restauração está no fato de que não existiam atividades do Instituto antes dela. “Depois que criamos o Instituto nossas energias ficaram voltadas exclusivamente para a reforma da casa. A partir da restauração o Instituto João Simões Lopes Neto passou a ter vida cultural”.

18/05/2012

Palestra de Mario Osorio Magalhães no IJSLN


O Instituto João Simões Lopes Neto recebeu nesta última quinta-feira (17) - às 19h - o historiador e escritor pelotense Mario Osorio Magalhães, que esteve palestrando sobre conto “Chasque do Imperador”. O encontro faz parte do ciclo de palestras em comemoração aos 100 anos dos Contos Gauchescos.

Mario Osorio dando dedicatórias em sua recentemente lançada obra, "Pelotas Princesa"
O presidente do Instituto, Antônio Carlos Mazza, fez a abertura da noite com a apresentação do palestrante. Mario Osorio Magalhães já publicou quase duas dezenas de livros sobre história da sua cidade natal e do seu Estado, incluindo o recém lançado “Pelotas Princesa – Livro Comemorativo ao Bicentenário da Cidade”. A respeito de Simões Lopes, Mario Osorio organizou a coletânea "Negrinho do Pastoreio e outras histórias" e também publicou o ensaio "Simões Lopes Neto e Pelotas: a influência da cidade sobre a obra regionalista do seu maior escritor".

O presidente do Instituto, Antônio Carlos Mazza Leite, acompanhando a explicação do palestrante
O discurso do palestrante encantou e instigou a reflexão dos presentes, que encheram o auditório Carlos Reverbel. Segundo Mario, o conto “Chasque do Imperador” faz muitas referências à cidade de Pelotas, embora não mostre de forma explícita por onde transcorre. Ressaltou assim, que dentro das obras de ficção de Simões Lopes Neto as referências a sua cidade natal aparecem, geralmente, de forma indireta. 

Auditório Carlos Reverbel praticamente lotado 

Entre os presentes, o evento recebeu um grupo de estudantes da Escola Técnica Estadual Canguçu. Também contou com a presença do escritor uruguaio Oscar Padrón Favre, que agraciou o Instituto com um exemplar de sua obra “Los Charrúas-Minuanes en su etapa final”. 

Próxima palestra
No dia 31 de maio ocorrerá a palestra com o professor e historiador Eduardo Arriada, abordando o conto "Duelo de farrapos".

17/05/2012

"Chasque do Imperador" - Palestra de Mario Osorio Magalhães é hoje!

A relação do professor, escritor e poeta Mario Osorio Magalhães com a cidade de Pelotas e com Simões Lopes é  motivo de orgulho para o povo Pelotense. Entre livros e artigos publicados, os quais exploram essa relação, Mario também faz parte da Comissão UFPel/200 anos e lutou para que o nome do Aeroporto de Pelotas fosse uma homenagem ao aclamado escritor pelotense João Simões Lopes Neto.

Hoje acontecerá, a partir das 19 horas, no Auditório Carlos Reverbel, localizado no Instituto João Simões Lopes Neto, a palestra desta ilustre figura. Acontece também, no facebook do Instituto ao final da tarde, o sorteio do livro "Negrinho do Pastoreio e outras histórias", coletânea organizada por M. O. Magalhães.

Participem do sorteio, da palestra e conheçam desde já um pouco da obra e do pensamento de Mario Osorio Magalhães:

"É minha hipótese que Pelotas, a terra natal, desempenhou um papel decisivo, foi absolutamente fundamental para a gestação da obra literária de J. Simões Lopes Neto. A influência que a cidade exerceu sobre a vida - seu caráter, seus gostos, seu comportamento, sua "visão de mundo" - teria sido fator condicionante da elaboração dos Contos Gauchescos, das Lendas do Sul e dos Caos do Romualdo: não só permitindo, pelo estímulo, o exercício da sua vocação de escritor, graças a suas peculiaridades históricas; facilitando, em virtude ainda dessas peculiaridades, a opção do escritor pela temática regionalista." 
Trecho do artigo SIMÕES LOPES NETO E PELOTAS: INFLUÊNCIA DA CIDADE NA OBRA REGIONALISTA DO SEU MAIOR ESCRITOR

Contamos com sua presença!

16/05/2012

3 perguntas a Mario Osorio Magalhães

Escritor e historiador, Mario Osorio Magalhães, será nosso próximo palestrante do ciclo em comemorações aos cem anos dos Contos Gauchescos. O evento será nessa quinta (17 de maio) às 19h, e o conto abordado será o Chasque do Imperador. Sempre muito atuante quando o assunto é a história de nossa cidade, Mario Osorio esteve atenciosamente nos respondendo a três questões, confira aí:


Qual importância que tu enxergas na publicação da Revista de 1º Centenário de Pelotas (que circulou de outubro de 1911 até maio de 1912) onde Simões Lopes Neto trazia a tona aspectos históricos do município? 

Mario - É a primeira publicação mais extensa sobre a história do município. A anterior, de 1905, é do próprio Simões lopes Neto nos Anais da BPP.

No livro História e Tradições da cidade de Pelotas se destaca que na época de suas publicações "ninguém podeira imaginar (...) que o talento do velho João Simões seria tema de tantos livros, conferências e seminários". Na tua visão o que fez com que o interesse e reconhecimento da obra Simões Lopes crescesse tanto de lá pra cá?

Mario - O interesse cresceu porque os intelectuais brasileiros perceberem a importância do Modernismo, escola à qual João Simões havia se antecipado.

Conte-nos mais sobre seu novo lançamento, Pelotas Princesa – Livro Comemorativo ao Bicentenário da Cidade,  e como tem sido a receptividade?

Mario - É um livro inteiramente novo, com novas descobertas: por exemplo, a de que José Pinto Martisn foi o primeiro industrial do charque, usando técnica de salgação transmitida pelos bucaneiros da Martinica, embora só tenha se estabelecido em Pelotas no ano de 1790, e não em 1780, como o próprio Simões Lopes Neto supunha. Desde o lançamento, há uma semana, já vendeu mais de 200 exemplares.



15/05/2012

O IJSLN recebe, dia 17, o escritor Mario Osorio Magalhães


Palestrará, na próxima quinta-feira (17) no IJSLN, o escritor pelotense Mario Osorio Magalhães. Mario é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, especialista em Relações Internacionais pela Universidade de Belgrano em Buenos Aires na Argentina e mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina.

No dia 17 falará, no 5º encontro em comemoração aos cem anos de "Contos Gauchescos", no Auditório Carlos Reverbel, sobre o conto "Chasque do Imperador", que Mario acredita passar-se em parte na cidade de Pelotas.

Em resumo, o conto fala sobre uma visita que fez o Imperador à casa "dum fulano, sujeito pesado, porém mui gauchão", acompanhado de Blau, na qual o anfitrião serviu apenas doces ao convidado, pensando que "as pessoas reais só se tratavam a bicos de rouxinóis e doces e pastéizinhos". Porém, em certo momento, depois de já estar "enfarado" de doces, o Imperador pede por “um feijãozinho, uma lasca de carne” e acaba churrasqueando com o dono da casa.

A respeito de Simões Lopes, Mario Osorio Magalhães organizou a coletânea "Negrinho do Pastoreio e outras histórias" (que será sorteada na quinta-feira em https://www.facebook.com/#!/institutojsln) além do ensaio "Simões Lopes Neto e Pelotas: a influência da cidade sobre a obra regionalista do seu maior escritor".

Entre suas obras encontram-se mais de duas dezenas de livros sobre a história da cidade de Pelotas e do Rio Grande do Sul, estando entre eles "História e Tradições da cidade de Pelotas", "Opulência e Cultura na Província de São Pedro", "Os Passeios da Cidade Antiga", "História do Rio Grande do Sul" e o recentemente lançado "Pelotas Princesa".

10/05/2012

Instituto firma presença na internet

João Simões Lopes Neto está marcado para sempre como um grande e clássico autor da literatura. Não satisfeito, o Instituto ingressa na internet com o intuito de divulgar, resguardar e reforçar ainda mais a imagem do escritor pelotense. Para executar essa tarefa, foi criado este blog, além de contas no Twitter e Facebook.

O ingresso do Instituto na rede mundial de computadores, além de levar a literatura e o talento de J. Simões Lopes Neto à plataforma, abre um novo campo de atuação. Através da internet, as obras e a vida do escritor podem ser conhecidas por qualquer ser humano em qualquer parte do planeta. Com isso, o mundo inteiro poderá viajar para outro criativo e novo mundo, através dos Casos de Romualdo, por exemplo.

Além disso, é preciso trazer para dentro do Instituto os mais jovens. A juventude, pelotense ou não, deve sentir-se atraída pelo mundo criado e marcado em páginas por Simões Lopes. Nessa função, a internet tem o papel principal. Através das redes sociais, por exemplo, a troca de conteúdo pode se tornar muito mais dinâmica, trazendo, adaptando e aliando, assim, a literatura clássica gaúcha aos anseios da juventude atual.

Dessa forma, o Instituto João Simões Lopes Neto conseguirá divulgar e tornar ainda mais forte o nome do escritor pelotense a pelotenses, gaúchos, brasileiros ou a qualquer pessoa do planeta, seja ela cidadã dos Estados Unidos ou de Portugal. Além disso, o mundo criado - através das palavras - por Simões Lopes deve ser compartilhado e explorado por todos, pois suas obras representam a vida que foi vivida com tinta e papel. E, a partir de agora, com a tela do computador também.

O IJSLN na rede.

08/05/2012

Humberto França Júnior palestra no IJSLN

Na próxima quinta feira (10), às 19 horas, o Instituto João Simões Lopes Neto terá a honra de receber o professor, poeta, historiador e conferencista Humberto França Júnior para ministrar a palestra "Joaquim Nabuco, da luta abolicionista aos desafios da diplomacia".

Humberto França. Foto: festlatino.blogspot.com 
Humberto França é chefe de Projetos Especiais da Fundação Joaquim Nabuco do Ministério da Educação do Brasil (FUNDAJ), além de ser o atual presidente do Movimento Festlatino - que tem como propósito o estímulo ao diálogo cultural entre os países e regiões de línguas e culturas neolatinas da Europa, África, Américas e Ásia. 

A palestra é promovida pela Associação dos Amigos do Museu da Baronesa, em parceria com o Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas, Instituto João Simões Lopes Neto e Museu do Charque.

A entrada é franca.

04/05/2012

Edição comemorativa de "Contos Gauchescos"

Muitas são as comemorações e homenagens destinadas ao Centenário de Contos Gauchescos. Neste ano de festa, o escritor, professor de Literatura Brasileira na UFRGS e estudioso da obra de Simões, Luís Augusto Fischer nos trás um presente. 

Ele foi o responsável pela publicação, através da Editora L&PM, da nova edição de Contos Gauchescos, que conta ainda com Lendas do Sul e propõe uma leitura da obra simoniana sobre novos ângulos. Fischer oferece a oportunidade de aproximação do leitor atual da linguagem de 1912, de Simões e de uma época que faz parte da história do Rio Grande do Sul.

O escritor fez uso de pomposas notas de rodapé, as quais esclarecem dúvidas de vocabulário, abusou de referências históricas e ainda produziu uma introdução e biografia referentes ao autor João Simões Lopes Neto.

Segue abaixo um pequeno trecho da introdução da nova edição de Contos Gauchescos:

"No ano exato do centenário da chique e urbaníssima cidade pelotense, seu mais ilustre letrado publica os Contos gauchescos, série de histórias pacientemente tramadas, escritas com a linguagem da vida rural do Rio Grande do Sul, devida e competentemente transformada em literatura. Na folha de rosto, logo abaixo do título, que é genérico, vinha uma espécie de enquadramento: “Folclore regional”. Era uma advertência ao leitor urbano? Um pedido de desculpas? De tolerância? De clemência? E por que adjetivar como “regional” aquele material, na verdade contos que nem eram exatamente folclore?" 
Luís Augusto Fischer

 
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